sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Dias 19 e 20 - Volta é sogra

O João Grilo garantia que o chamado especial dele trazia Nossa Senhora.

"Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré!
A vaca mansa dá leite; a braba dá quando quer.
A mansa dá sossegada, a braba levanta o pé.
Já fui barco, fui navio, mas hoje sou escalér.
Já fui menino, fui homem, só me falta ser mulher.
Valha-me Nossa Senhora, Mãe de Deus de Nazaré!"*
Só a Compadecida pode com um avião cheio de turistas barulhentos voltando do Caribe...
Até motim por causa de comida teve!
A oração resume meus comentários a respeito da viagem de volta...  :-/
Valha-me.
Malas cheias, tarifas pesadíssimas de bagagem, pagamento por excesso de peso..... Voos de Phoenix a Los Angeles (onde tive de recolher todas as malas e andar meio aeroporto pra fazer novo check-in) a Cidade do Panamá (5h de espera) a BH.....
Volta é sogra, como diria o Ricardo Freire.
Coitado do Babis foi quem sofreu pra ajudar a subir com elas!
Enfim, pisar em casa sã e salva (estando todos sãos e salvos), e com a memória recarregada, é uma bênção.
Rever o meninos e achar a cama arrumadinha! Ah!
Em casa às 2h da madrugada...
Quinta-feira, dia 29 de setembro, Dia 20 de viagem.

Fim de nossos serviços!


por C. Maria 

Dias 14 a 18 - Back in the EEUU

Viagem do México até Phoenix no Dia 14.

A alfândega em Phoenix é beeeeem menos concorrida e tranquila.

Em solo americano, faça como os locais: compras! Foram dias de visitas a lojas, shoppings e restaurantes, embora tenhamos cozinhado em casa, pra economizar alguns dólares e dar um descanso ao trato digestivo. ;-)

Salud!!

Tin-tim com chá e framboesas

por C. Maria

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Deja que te caiga en TU fiesta

Aos quareeeeeeenta e cinco do segundo tempo.....


Leo 11  X  1 Montezuma



por C. Maria

México - Todos os gatos do Presidente

Estivemos no Palacio Nacional hoje, sede presidencial.

Nos jardins, nos espantou a quantidade de gatos.





ooops...


por C. Maria

México - Dias 12 e 13 - Centro Histórico e Murais de Diego

Fim de festa é sempre chato e melancólico.

Como vamos embora amanhã, já estamos em ritmo de despedida e de antecipar saudades.

Então esses últimos dois dias foram de visitar aqueles lugares que estavam no programa e não haviam sido visitados. Mas também foram dias de dormir até mais tarde (até perder o café da manhã, quando há), arrumar devagar e sair quase na hora do almoço.

Ontem, quarta, voltamos ao Centro Histórico, para visitar os murais de Diego Rivera, expostos no Palácio Nacional. Entretanto, temos de apresentar um documento oficial com foto na entrada, e eu estava sem meu passaporte. Resultado, ficamos rodando o centro da cidade que, aliás, é um passeio por si só. Esqueçam as Av. Paraná e Ruas Santos Dumont da vida. Isso aqui é que é comércio popular!!

Não entendemos a lógica, mas nos pareceu que as ruas são divididas por produtos. Por exemplo, passamos por uma rua que só tinha lojinha de roupas infantis. Outra somente vendia calcinhas, outra era de artigos esportivos. Lojas imensas com uma variedade enorme de bugingangas de todos os tipos, cores e qualidade. E as ruas limpinhas, não me canso de ressaltar.

Entramos numa igreja aparentemente antiquíssima, no meio do centrão, a da Santíssima Trindade (Templo de la Santisima Trinidad). No altar, a N.S. do Perpétuo Socorro, como a da Vovó Etelvita!


A Plaza de la Constitución e a Catedral Metropolitana

El Palacio Nacional

Edificio del Ayuntamiento
E a Leo com o adereço da Independênciana cabeça.

Hoje, quinta, voltamos ao Palácio, para vermos os famosos murais de Diego RiveraEpica del Pueblo Mexicano en su Lucha por la Libertad y la Independencia. Como presente, o guardinha nos disse que a entrada era gratuita.

Totonac Civilization, 1950


"Market At Tenochtitlán", 1945


Um dos pátios do Palácio

Então, aqui é assim: camelôs tem em todos os cantos; tem pedintes; as ruas vibram ao som das músicas de realejos; no parapeito de uma lanchonete hoje tinha um saxofonista tocando. Cheiro de fritura; às vezes uma brisa com cheiro de esgoto. Gritos dos camelôs oferecendo seus produtos; muitas cores, gente, placas; o protesto pacífico do homem vestido de Papa, contra a corrupção e a pederastia na Igreja. As pessoas simpáticas, os bebês fofos, os homens feios, os rapazes de cabelos espetados e esculpidos. As moças de mega saltos e joelhos dobrados. Os casais de namorados, muitos, de todas as idades, apaixonadíssimos....... Os vendedores no metrô; o vendedor de tamales que passa toda noite, pontualmente às 22h45 na porta do hostel.
Enfim, aqui é o que se chama de "tudo de bom"!!


por C. Maria

México - A questao Montezuma (ou Who's BAD?)

Dizem que vir ao Mexico sem sofrer uma "indisposicao intestinal" e o mesmo que ir a Roma e nao ver o Papa. Ou ao Rio de Janeiro e nao ser assaltado.
Desde muito antes de embarcarmos, fomos advertidas sobre o que eles chamam "Maldicao de Montezuma". A Maldicao e implacavel, e pode atacar qualquer visitante, independente de cor, raca, idade, religiao ou sexo. Para evitar os riscos, e recomendado nao beber a agua local, e nao exagerar nas comidas tipicas.  Gelo? Nem pensar. O ideal e tomar agua mineral (preferivelmente com gas, pois existe a crenca de que os mexicanos engarrafam agua da pia e vendem como mineral); evitar a qualquer custo saladas e frutas cruas (pois sao lavadas na tal agua) e assim por diante. O visitante mais sensivel tanto fisica quanto psicologicamente sente-se acuado, na certeza de que nao vai se safar dessa.
E da-lhe todo tipo de medicamento na bagaem, para o estomago e diarreia.
Felizmente, estamos aqui para comprovar que NADA disso foi verdadeiro, ate o momento. E olha que nao seguimos o recomendado: tomamos da agua local SIM. Confesso que tomei da agua da torneira, no quarto do hotel. Comemos salada de alface e tomate. Comemos das barraquinhas. A mao do cara que preparou meu suco de melancia nao devia estar mais suja por falta de espaco, mas ainda assim, pretendo comer do copo de manga. Comi pimentas. Varias. Experimentamos diversos tipos de salsa.
Assim, podemos dizer que a Maldicao e um fator psicologico, que afeta mais aqueles que estao preocupados com ela do que os que tentam aproveitar da vida local naturalmente? Sera um caso de sorte? Em momento algum desafiei Montezuma. Tenho a crenca que esses astecas poderosos NAO devem ser desafiados, pois nao quero sofrer as consequencias. Mas o extremismo pode leva-lo ao ridiculo, ou talvez, deixar seu corpo sem os anticorpos necessarios para enfrentar o rojao.

Essas salsichas (ou salchichas, segundo a gramatica mexicana) estavam quarando sob o sol das 15:00 normalmente. Imaginem so o estrago que isso pode causar num ser humando ... Salmonela e pouco ... E depois culpam o pobre do Montezuma...

Esse banheiro simpaticissimo, do restaurante Bertico Cafe. Voltamos la essa tarde, para almoco.

No banheiro do Aeroporto de Hermosillo, esse mecanismo fantastico de descarga, sem contato manual. Mais higienico impossivel.

O banheiro em si e um tipo de comercio, pois ha locais especializados nisso: banheiros. Geralmente e cobrado  4 pesos (aproximadamente 40 centavos de dolar), e fica um funcionario na porta, que e encarregado de recolher o pagamento com uma mao e dar-lhe um pedaco de papel higienico com a outra. Os banheiros ate agora foram impecaveis, todos limpos e sem papeis no chao. Tem sempre uma senhora la dentro, que checa a "casinha"assim que voce a libera. Entao nao tem papel no chao, pia molhada, vaso sem descarga.  Sao 20 milhoes de habitantes, e se eles nao colocarem ordem na casa, entao realmente, nao da.

Encontramos essa indicacao fofa numa das muitas ruas que percorremos, e estou adicionando aqui somente "a nivel de" ilustracao. Nao sabemos o que uma "privada florida" possa ser, acredito que uma ruazinha sem saida, onde ha jardins? Alguem tem alguma sugestao?


por E. Maria

quarta-feira, 21 de setembro de 2011

México - Dia 11 - Museu e zoo - Los animales te llaman!

Lar, doce lar.
Foi assim que me senti ontem a noite, ao subir as escadas da estação Hidalgo, aqui na Cidade do México. Foi como se nunca tivéssemos saído daqui e reconhecemos imediatamente onde estávamos.

:-)

Depois de uma noite muito bem dormida, acordamos tarde e tomamos o café da manhã chinfrim do hostel - aliás, a ÚNICA coisa a se reparar nesse lugar que, no mais, é muito acima do padrão.

Resolvemos pelo Museu de Antropologia e pelo Zoo.

Dia ensolarado, brisa friazinha. Aqui é perfeito!
(Esqueci de comentar os absurdos 43 GRAUS anunciados pelo piloto quando descemos em Hermosillo. O aeroporto de lá é igualzinho ao de Imperatriz, no Maranhão, e o calor também é o mesmo; aquele bafão quentíssimo e úmido que quase sufoca e é uma sauna ao ar livre).

Voltando.

Depois de 2 dias de praia, nossas pernas e colunas pareceram travadas logo depois dos primeiros quarteirões de caminhada.
Pelo caminho, em plena avenida Paseo de la Reforma, uma enorme feira de livros, para todos os gostos e de todos os preços. Morremos de inveja, afinal, o Brasil parece há séculos de distância de ter algo assim, em plena Afonso Pena...

Fomos direto ao Museu Nacional de Antropologia, o local mais recomendado de 10 entre 10 matérias, artigos ou blogs de viagem, quando se trata de Cidade do México.
Pode ser o cansaço. Certamente a visita ao Museu do Templo Mayor serviu como comparação. Mas achamos que, em alguns pontos, o museu ficou a dever. O que mais sentimos falta foi de um direcionamento através do acervo. Na verdade, a gente se sentiu meio perdida, com muitas salas a visitar e nenhuma indicação sobre por onde começar e por onde prosseguir.
Outra coisa foi que o Peter Moon, repórter de ciência da revista Época, postou ontem mesmo no Facebook dele que a maior parte dos acervos de museus de história natural são réplicas enquanto os originais permanecem muito bem guardados, fato somente conhecido pelos especialistas. Isso definitivamente serviu para que olhássemos com outros olhos as impressionantes peças expostas - e em muitas delas vimos mesmo o aviso de que eram réplicas....

Enfim.

A Pedra do Sol, a peça mais fotografada do museu (pelo menos de acordo com nossa observação)

E é tudo o que temos a dizer sobre esse museu. Ah! As tartaruguinhas do jardim!

As tartaruguinhas do laguinho no centro da praça do museu

Mas a Leo queria MESMO era um suco de melancia. E se sentindo invencível, topou enfrentar uma banquinha do parque de Chapultepec!!!

Uns 750ml de suco fresquinho - reparem nas mãos do vendedor! :-)
Hum!

Aprovado! E sem coar. "Crocante", definiu a Leo
Tláloc, o deus da chuva. No museu assitimos a um vídeo interessantíssimo sobre a retirada dessa figura do local original até o museu. Só de expectadores na Cidade do México para acompanhar a chegada da peça foram 66 mil. 
Um anjo, em plena avenida!!

O outdoor do zoo avisa, "los animales te llaman", e parece ser verdade! Então, vamos lá!

Muitos, muitos esquilos pelo parque, o que não vimos nos domingo, quando estivemos aqui. Certamente a multidão que vem espanta os bichinhos. Hoje tudo estava beeeem mais vazio. Quem conhece esquilos sabe que eles são inquietos e infotografáveis...
Primeira parada, claro, a jaula do Panda Gigante; ei-lo desfilando pra gente, fofíííííííííííssimo e quase inacreditável!!
Mas show, show mesmo quem deu foi o urso pardo, se coçando no peito sentado feito uma pelúcia.

Os pinguins engraçadíssimos! Também deram show, especialmente quando passava um avião e todos olhavam pra cima!!

Sonho realizado: pegar numa aranha de verdade! Ela parece de pelúcia!

De brinde, peguei o escorpião também. Fechei os olhos antes do rapazinho colocar o bicho na minha mão, pois fiquei com medo de um irc instintivo. Mas o escorpião é gente boa e andou um tiquinho, fazendo certa cosquinha. Recomendo a experiência.

Ao bonitão aí!
Só deixei passar as baratas cascudas, que me recusei a tocar. Eca.

Depois de tocar os amiguinhos acima, o programa light foi visitar o Mariposario, uma estufa com borboletas de vários tipos que voam ao nosso redor. Lindo!

Essa danada tem as asas interiores azuizinhas, mas se recusou a exibí-las para a foto.

Essa foi minha companheira fiel. Pousou no meu ombro e tive de retirá-la para sair do local. Fofa!
Antes de sair, três grandes espelhos e o aviso para verificarmos se não tem uma borboleta agarrada.
O lindo macaco de olhos tristes...
Zoo deixa a gente ver esses animais lindos, mas tem sempre essa coisa ruim, dos bichos estarem presos, numa vida besta.
Paixão da minha vida, o gorila não se mostrou ao vivo. Tive de me contentar com o de bronze...
Antes de voltarmos, o esquilo permitiu ser fotografado, finalmente.


por C. Maria

México - Dias 7 a 10 - Guaymas - Poco poco, Cristiana!

Sexta viajamos pro litoral norte do México, pra cidade de Guaymas.

Mas logo cedo, preparando as malas, ouvimos barulhos de helicópteros e jatos. Era uma correria só até as janelas. Depois ouvimos ao longe um som de banda. Estava tendo a parada da Independência, e ninguém tinha nos avisado. Ajeitamos tudo e fomos pra rua!


O povo comparece em massa ao desfile, e assiste o espetáculo aéreo através dessa engenhoca feita de papelão, que tem um espelho.

Ricky Martin é o ídolo do momento. Recomenda-se a leitura de sua biografia "Me" ou "Eu", em português.

Meiamos o táxi com o Jonathan da Venezuela e outro francês e partimos para Guaymas, no Golfo da Califórnia, via Hermosillo.

Sabadão. O programa do dia é uma visita a um farol!! Pra quem ama faróis, isso é um programão que não se perde!
Enquanto esperamos a beira mar, observamos a vida na cidade, como os pescadores que lançam a rede e depois mergulham, de sapato e tudo, para voltar à superfície com apenas um ou dois peixinhos... 
Guaymas, de frente pro mar, esperando pelo barco que nos levaria ao farol.
O centrinho de Guaymas, muito simpático.
Entramos no barquinho e fomos mar adentro!. Passamos por penhascos, pescadores, cactus e muitos, muitos pelicanos.
Quando aparece vegetação, é assim, uma montanha de cactus.

A belíssima prainha onde ancoramos. Mas aqui é ponto de tubarões.
A caminhada sob sol de 13h é de matar - pelo menos pro meu padrão...
O guia, Sr. Martin, ia gritando pra mim, ao longo da subida, "poco poco, Cristiana! Poco poco!".
Uma lição para qualquer momento da vida....
O farol!
E a derradeira ladeira a subir..............
A casa sede do farol, onde fomos muito bem recebidas e tomamos "agua con cevada". O guia ficou preocupado com minha pressão, porque eu fiquei da cor de uma pimenta chili. Ele me abanou, me fez sentar de frente pro ar condicionado, e a cada 20 segundos me perguntava se eu estava bem. :-) Eu estava mais preocupada com meus cabelos, que estavam feito um ninho de pássaro, completamente duros. Achei que eles nunca mais ficariam normais.
O farol de pertíssimo!
O "caseiro" fica uma semana direto na casa do farol. A família espera em terra firme.

As perritas do farol. A pretinha está prenhe.
A cachorrinha nos acompanha na descida e se refresca sentada na água.

Almoço especial: camarões enormes a milanesa - enormes para os nossos padrões, porque segundo os locais, esses são os camarões "chicos", pois o normal são camarões desse tamanho, sem cabeça.
Terminamos a tarde na Playa Algodones, em San Carlos

No domingo voltamos para a praia e, na segunda, voltamos para a Cidade do México.


por C. Maria