segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Fim de festa

E então, foi isso. Quatorze dias de férias. Mas parece que foram pelo menos uns seis meses.

Impressionante como 24h podem render. Impressionante como a rotina nos faz desperdiçar horas e horas, fazendo parecer que o tempo está correndo mais rápido, que o ano já está acabando. Tá nada. A gente é que não sabe aproveitar o tempo. Mas são férias - podemos pensar - nas férias tudo é bom. Sim, nas férias a gente está mais atenta às belezas à nossa volta; e se estamos em um país diferente, prestamos atenção nas pessoas, nos mapas, nos ônibus, nas comidas, tudo com um olhar condescendente. Mas, por que não prestar mais atenção às pessoas, aos carros, às comidas quando estamos vivendo nosso dia a dia, em nosso próprio país? A gente destreinou nossos olhos e sentidos, a agora sofremos por acharmos que estamos presos numa grande roda-viva.

Existem dois remédios para essa sensação (que nós encontramos, claro; podem haver outros milhares): ou fazemos como Rubem Alves e passamos a "levar nossos olhos a passear" com mais frequência; ou começamos imediatamente a nos preparar para as próximas férias.



O que vai ser?

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Epilogo - Nada eh perfeito...

Pois eh...
Infelizmente, NAO terminamos nossas ferias 100%... Nosso cachorrinho, o Dinho, foi para o plano espiritual dos animais hoje... Foi encontrar a Tootsie - esse o nosso Dinhao, sempre amigao! Ate dos gatinhos, que ele aprendeu a amar, afinal, conviveu com tres!!!

Mas vamos escrever mais sobre nosso Maria primogenito, tao logo cheguemos em casa, e nos livremos das malas pesadas... Nossa viagem termina hoje, com meu voo saindo daqui de Phoenix as 23h50 - daqui 3 horas.

E entao, sabemos que Dinhao Kornovski, ou Dicolino Mezenga, ou Dicolino Maria, estara tambem muito bem cuidado, ja livre do corpinho debilitado e velhinho, correndo num parque bem bonito, como esses que a gente ve aqui no exterior, mas que nunca tivemos o prazer de poder trazer ele pra ver - e correr neles! - tambem.


Obrigada, Dinhao!!!

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Albuquerque - Dia 13 - 20/09/2010

Hoje o dia começou cedo - 6h. Na verdade, antes, pois acordamos antes do relógio despertar. Antes mesmo do sol despontar no horizonte, já estávamos embarcando para nossa aventura: voar em um balão!

Combinamos da empresa nos buscar no hostel e eles foram pontuais. Quem nos buscou foi o piloto do balão, chamado Troy, mas até então achamos que ele era somente o motorista da van...

Nos dirigimos a um estacionamento um pouco mais afastado, mas não exatamente fora da cidade. Seríamos dois casais ingleses, Leo e eu e uma senhora de Nova Jersey como passageiros.

A Leo montou um pequeno passo-a-passo de como montar um balão. Seguindo essa receita, o balão fica bonitinho.

1) Esticar um tecido no local (ficamos sem saber como ia se formar um balão desse quadrado azul...);

2) Descarregar o cesto dos passageiros;

3) Desembrulhar o balão e enganchá-lo no cesto;


(Ah, o tecido serve para se abrir o balão por cima dele! Ufa.... afinal, havia buracos nele);

4) Botar os passageiros homens pra trabalhar, segurando a boca do balão (haha!) enquanto ele vai enchendo de ar. Enquanto isso, as esposas tiram fotos, orgulhosas de seus homens.

Pra encher o balão, usam-se dois mega ventiladores.

Albuquerque é a capital mundial dos balões - portanto não seríamos os únicos, nem os primeiros, no ar essa manhã. E o sol nasceu radiante!

5) Mete fogo no negócio!!

6) E põe todo mundo pra dentro!

Agora é só voar....................

Não tem frio na barriga nem calafrios na espinha; voar de balão é sereno e tranquilo. E quente: a chama que mantém o balão no ar vai esquentenado nosso cangote.

A vista parece familiar, afinal a gente já viu coisa parecida pela janelinha do avião... Mas tem algo estranho....
E matamos a charada: a vista é 360 graus, livre, sem moldura, aberta, sem pressurização, toda sua!!
Vamos variando a altura: uma hora bem baixinho.... outra hora lá no alto..... e girando....
O bom é o pessoal em terra, dando tchauzinho, tirando foto, muita gente ainda de camisola (são umas 7h30 ainda), os carros buzinam e os motoristas acenam. Uma alegria só!!



Aqui a gente passa bem baixinho por esse viaduto. Embaixo é o leito atualmente seco do Rio Grande.
Olha, um coelhinho!!
Depois de 1 hora de puro deleite, a gente aterrissa em um outro estacionamento. Foi um pouso super tranquilo. Difícil mesmo é posicionar o balão de forma que ele esvazie pro lado certo. Trabalho duro, que dois homens enormes da equipe da Rainbow Riders suaram pra concluir. E ainda tiveram, de novo, de contar com a ajuda dos homens passageiros - devidamente fotografados por suas mulheres.
Esvaziar o balão exige a colaboração de todos: pra segurar a bolsa em que ele é guardado, pra ajudar a acabar de esvaziá-lo, com cotovelos e joelhos e, finalmente, pra sentar em cima da bolsa e esvaziar ao máximo.
A aventura termina mesmo com um lanchinho de cupcakes e barrinhas e um brinde de champanhe com sucos. E o pagamento, claro...
Ganhamos bonés e pins e um certificado de voo. E esse é o Troy, o piloto. Ah, bom. Ele se auto-definiu como o piloto de balões mais experiente de Albuquerque. Tivemos tempo de bater um papo, pois ele nos levou de volta pro hostel. Transformou um hobby em profissão e agora o dia de trabalho dele acaba às... 10 da manhã!! Um voo por dia, e é isso aí. Mas ele até já escreveu um livro, pois foi o primeiro a voar dos EUA pra África num balão. Fora outras centenas de voos, pro Canadá, na Capadócia, etc, etc, etc. Só um pouquinho mais qualificado que motorista da van...


E o Bono tava certo, quando criou a estampa da camiseta comprada no Hard Rock Café: "Fish can fly...", ou seja, peixe pode voar.....

Mas o show não pode parar!
Chegamos no hostel, Leo checou o email, eu cochilei um tiquinho, caminhamos oeste até o Wendy's para mais um sanduíche honesto de peito de frango apimentado e caminhamos de volta na direção oposta, até o Albuquerque Convention Center, para a exposição Bodies. Estou "namorando" essa exposição tem alguns meses, e quase fui a SP para vê-la (ia acabar em agosto). Em português, Corpos. Impressionante. A exposição mostra o corpo humano de maneira perfeita, através de corpos dissecados com um técnica especial. Os corpos em exposição são corpos mesmo, não são modelos em resina ou coisa parecida. É maravilhoso, extremamente educativo. Nos faz pensar, reflexionar sobre como tratamos nosso corpo; nos escancara sua beleza e perfeição, e ao mesmo tempo, sua delicadeza. É emocionante! Todo currículo escolar deveria obrigatoriamente conter uma visita a essa exposição.
Saindo de lá, fomos andar mais! E dar alguns pulinhos...
Parece uma escultura estranha, mas......
... é somente a Leo, sobre uma saída de ventilação no chão. Nossa Marilyn Monroe - quem precisa de saia esvoaçante quando se tem..... cabelos?!
E andamos tuuudo de novo (leste-oeste) até a Cidade Velha, para mais um sorvete de cereja negra. :-)
Desafiando o sono e o sol, resistimos a um cochilo no banco da praça, que seria feito em turnos de 15 minutos. Ao invés, fomos pras lojinhas.
Arrasadas......
Em homenagem a nosso corpo - que pode voar! - lá pelas 17h30 voltamos ao Wendy's para a refeição perfeita: chili com batatas assadas e creme azedo.

Eu falei refeição perfeita?
Sim, perfeição existe. E é comestível!

Amanhã voltamos pra Chandler.
Acreditem ou não, choveu agora a pouco - infelizmente não deu pra tirar uma foto pra registrar.