Seattle - Dia 6 - 13/09/2010

Primeiro dia pra valer em Seattle.

Descendo a rua do hostel fica o Seattle Art Museum - SAM. Perdemos a exposição do Kurt Cobain (mais Seattle, impossível...) e vamos perder a do Picasso, que começará em outubro...
Mas não vamos reclamar.

Depois de andarmos por um tempo a esmo, resolvemos ir em busca de nossas metas na cidade. A primeira delas era visitar o túmulo dos Lee, Bruce e Brandon; e lá fomos nós, tentar chegar ao cemitério a pé. Entramos em um centro de convenções para obtermos informações e fomos desencorajadas pela atendente e incentivadas a pegarmos um ônibus. Ok, o número 10 nos levou até a porta do cemitério e rendeu um bom bate-papo com o motorista. Por fim, ele não nos cobrou os 4 dólares das passagens e ainda nos deu um ticket de volta com horário para até 16h30!

O Lake View Cemetery é onde se encontram os Lee. É um cemitério limpinho, com lápides discretas e pessoal atencioso. O coveiro nem nos esperou terminar de perguntar pela localização exata do túmulo e já nos foi informando a direção. Ao sairmos ele se ofereceu para nos mostrar por dentro uma das sepulturas que ele estava preparando para um novo morto, mas declinamos. Óbvio que ele estava brincando conosco, e depois ficamos pensando que deveríamos ter aceitado ver o trabalho dele, para acabar com a graça da piada.

Enfim, atrás de uns arbustos, aí estavam eles. Tem um banco bem em frente, para sentarmos e ficarmos observando. Foi emocionante. Pode parecer esquisito tomarmos tempo para irmos visitar túmulos, mas a sensação é indescritível. É tipo o mais próximo que chegaremos dessas personalidades de alguma forma, e parte delas está bem ali. A gente se sente bem próximo - de repente já não há a barreira da fama ou glória; vemos que somos todos iguais. E teremos o mesmo fim.
Eles se foram muito jovens e, especialmente Brandon, foi uma morte que me marcou muito, pois eu tinha passado a adorá-lo. Na mesma época tive minha fase Bruce Lee, em que vi todos os filmes possíveis disponíveis. Ele era o máximo!

E a vida continua... exceto para um tal Parker, outra sepultura recém aberta...

Saindo de lá tomamos novamente o ônibus, mas resolvemos descer logo em seguida, porque vimos um restaurante que nos pareceu bem legal. E é.

O Coastal Kitchen tem comida grega e interior aconchegante. Estava cheio de fregueses locais, e não fica em área turística (fica mais ao norte), sinal de que a comida é boa. E é.

A Leo foi de ovos mexidos com salmão defumado e hash brown (batatas raladas e temperadas).

Eu fui de almôndega de carneiro no pão pitta e queijo feta com salada. Hum...

De sobremesa, baklavas com sorvete de amendoas e mel. Folhinhas de hortelã sobre o sorvete.

E dá-lhe caminhada depois. Encontramos uma rua que se chama Lenora - quase!

E passeamos a beira mar, no que eles chamam de Waterfront, os píeres. Aqui a Leo está no Pier 70 e dá pra ver lá atrás o maquinário do porto. Os navios cargueiros param ali com seus inúmeros containeres.

Essa prainha foi construída como parte de revitalização dessa area. É feita de pedriscos - e eu caminhei descalça sobre eles, para uma boa massagem podal. Doeu.

Nem precisamos repetir que o sol nos pegou totalmente de surpresa. Seattle é uma cidade famosa por chover 360 dias no ano. Bom, como não choveu nem ontem nem hoje, ainda podemos contar com mais 3 dias de sol pela frente... quem sabe...

A contraluz rende imagens quase poéticas...

A favor da luz também, hehe.

A foto da escadaria abaixo foi tirada para mostrarmos pra Mamis a escadaria que tivemos de enfrentar para voltarmos do Waterfront. Quando falamos que a gente anda muito, não estávamos brincando... e ainda contamos com esses contratempos...

Um registro do incrível azul do céu. Onde se agita a bandeira americana, orgulhosa.

Vamos ver o que nos aguarda amanhã.