De volta a Quito, optei por ficar na parte moderna, La Mariscal, também conhecida como Gringolandia. Aqui Quito fica com cara de qualquer cidade: prédios comuns, bancos, restaurantes, bares, fast foods, essas coisas. Nada do charme do Centro Histórico, nada único. Mas, justamente por isso, é bem familiar, a gente se sente seguro ao ver um KFC ou um Pizza Hut...
Fiquei na Posada del Maple. Embora seja um hostel charmoso numa ruazinha adorável, com muitas árvores, o tratamento foi bem mais impessoal que o da simpática Alícia do Quito Cultural. Sinceramente, cheguei a me arrepender de ter trocado a região da cidade.
No dia seguinte, o primeiro destino foi o Mercado Artesanal La Mariscal. Chegando por volta das 10 da manhã, muitas barracas ainda estavam fechadas. Minha dica: é melhor chegar nesses mercados depois de umas 2h do horário de abertura, assim a probabilidade de encontrar todas as bancas abertas é maior. Estando parcialmente aberto, achei melhor pular para a segunda opção do dia: a Fundação Guayasamín.
Fui a pé mesmo, pela Avenida Seis de Diciembre, o que rendeu uma boa caminhada. Outra dica: vá de táxi. A subida até a Fundação é bem exigente. A Fundação estava em plena transferência do acervo; tudo foi passado para a Casa de Oswaldo Guayasamín, nas ruas Mariano Calvache y Lorenzo Chávez, mesmo endereço da Capilla del Hombre. A abertura em novo local foi em 30 de novembro. Minha visita foi dia 28 de novembro... :-(
O prédio da Capilla del Hombre |
As obras de Guayasamín |
Por dentro da Capilla |
"Familia" |
"Minha arte é uma forma de oração, ao mesmo tempo que de grito... e a maior consequência do amor e da solidão" |
La Arbol de la Vida (Árvore da Vida), onde estão as cinzas do artista desde março de 1999 |
Saiba mais:
Depois de muito andar, voltei ao Mercado Artesanal La Mariscal. As barracas já estavam todas abertas, em pleno movimento. Tive dificuldade de achar lembrancinhas legais pros parentes e amigos. Fora que achei as coisas meio caras ($5 cada caminho de mesa, mais de $1 o imã de geladeira...) e a variedade não era tanta quanto no México, esse sim, o paraíso dos souvenires! Optei por não ir à Feira de Otavalo, uma vez que um dos colegas do barco havia dito que foi nas duas atrações, e que as mercadorias e os preços não variavam muito. O mais bacana que achei foi bijuterias de tagua, o marfim vegetal ($10 um colar).
O resto do dia foi gasto andando por La Mariscal, especialmente a Avenida Rio Amazonas, com suas lojas e restaurantes, e as Calles Juan Leon Mera e Reina Victoria.
Um dos souvenires que comprei foi uma imagem da Nossa Senhora de Quito. Custa $6 no mercado de artesanato, mas acabei pagando mais caro por uma numa das lojas de artesanato bacana na Rio Amazonas. Conversando com a atendente da loja, ela falou sobre a imagem original e somente então percebi que não tinha visto a imagem. Tendo de ir embora no dia seguinte, separei a manhã para visitá-la. Foi outra longa caminhada ida/volta de La Mariscal até o Centro Histórico pela Avenida Seis de Deciembre, passando pelos parques El Arbolito e Alameda.
A imagem que comprei |
Esculpida em madeira por Bernardo de Legarda em 1734, a imagem está no altar mor da Iglesia de San Francisco. Ela representa a Virgem do Apocalipse: sobre a lua, ela pisa uma serpente.
E viu-se um grande sinal no céu: uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça.Apocalipse 12:1
A Virgem de Legarda |
O altar mor da Iglesia San Francisco, com a Virgem ao centro |
As imagenzinhas vendidas nos mercados e lojas de artesanato |
Foram meus últimos momentos no Equador, inteiramente dedicados a Nossa Senhora. De volta ao hostel, peguei minhas coisas e fui para o aeroporto, de onde voaria para Fort Lauderdale, nos EUA.
Equador, belo e variado, está, definitivamente, na minha lista de lugares pra voltar em breve.
Equador, belo e variado, está, definitivamente, na minha lista de lugares pra voltar em breve.
por C. Maria
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