terça-feira, 13 de setembro de 2011

México - Dia 3 - Tlatelolco - ...Adelante!

"Helado, dos pesos; animase?"

Esse foi o vendedor de sorvetes que tem aqui na esquina do hostel (e que inspirou o título do blog de ontem).

Caminar, mucho. Exprimentar, bastante. Maravillarse, demás.
Animase?


Hoje foi dia de tour, oferecido pelo Mundo Joven. Tour começa cedo e tira leite de pedra. Impressionante o quanto pode caber em 12 horas...


Primeira parada, Tlatelolco.

Ou Praça das Três Culturas, porque reúne em um só local ruínas da civilização asteca Tlatelolco, a civilização hispânica, representada pela igreja de Santiago e a era moderna, que são os prédios dos anos 60, que circundam a praça.

As Três culturas: as ruínas astecas, em primeiro plano; a igreja de Santiago e os prédios dos anos 60, ao fundo.

O lugar é fantástico, mas conhecer a história o faz se tornar emocionante.

Primeiro é saber que o Santo Juan Diego (o indígena que teve a visão da Virgem de Guadalupe) estudou no local. Depois é observar como a enorme igreja foi construída com as mesmíssimas pedras que formavam as construções astecas, que foram demolidas. Absurdo.
Mas, a própria inscrição já diz...


As ruínas astecas e o prédio das Relações Exteriores

Aqui, nesse lugar, aconteceu em 1968 o Massacre de Tlatelolco, ou Noite Negra, em que a polícia atirou contra estudantes que protestavam e que fugiram, espalhando-se pelos prédios "modernos" e buscando refúgio. Entretanto, a noite, a polícia arrombou portas e entrou nas casas atirando contra as famílias que abrigavam os estudantes. Não se sabe ao certo, mas calcula-se que cerca de 500 pessoas tenham sido mortas e incineradas após o massacre. O que se sabe é que pessoas desapareceram e nada foi dito a respeito pela imprensa local, embora o país estivesse lotado de jornalistas do mundo todo, que cobririam as Olimpíadas a menos de 10 dias.
A placa em homenagem aos que morreram no massacre. Ao fundo, a parede da igreja, com as mesmas pedras das ruínas astecas. E as rachaduras provocadas pelo terremoto de 1985. 

E ainda vimos cicatrizes do terremoto de 1985. As rachaduras nas paredes da ireja, foram resultado do terremoto.  Alguns dos prédios que cercavam a praça desmoronaram feito sanduíche. As janelas sem vidraças são apartamentos abandonados por pessoas que não quiseram mais correr o risco.

As janelas sem vidraça são resquícios do terremoto de 1985. As pessoas na foto são do nosso grupo de turismo.

E as ruínas astecas.


Os relevos astecas
O jardineiro cuidando do local


Com tanta história e tragédia, hoje a praça pacificamente abriga os cachorrinhos fofos e a aula de salsa ao ar livre.



Mas o dia ainda não acabou......


por C. Maria

2 comentários:

  1. Nossa!quanta coisa para um dia so!Assim nao vai sobrar nada para os outros 20 dias.Devem estar pregadas, em?Muito boa , esta escolha de vcs.Ferias para conhecer coisas novas.Parabens e muito animo.mamis

    ResponderExcluir
  2. A mesma coisa aconteceu com os Incas. Os espanhóis demoliam os seus templos e usaram as pedras para construir igrejas católicas... :-/

    ResponderExcluir